25/05/2009

Escravos?

Soube há pouco que era um ser humano como os outros.
Não há nada que substitua a saúde e bem-estar, assim enchi-me de razões e comuniquei à empresa que serviços com mais de 2 horas de intervalo e nos moldes em que os mesmo estão a ser aplicados me causavam transtornos vários, como desgaste emocional e prejuízo financeiro.
Pedi então que não me escalassem nos ditos sem a minha prévia concordância conforme clausula 26ª do nosso A.E.
Como è obvio para nós, que estamos habituados a lidar com pessoas mal educadas, ignoraram o pedido.
Magoado no meu intimo desloquei-me à Autoridade para as Condições do Trabalho (Ex Insp.trabalho) sita na Av. Da Boavista (frente ao bingo) onde solicitei esclarecimento e apoio para a minha situação.
Aconselharam-me a enviar carta registada à empresa a expor o caso e a apresentar queixa formal.
Formalizei queixa pedindo uma inspecção laboral, sei que já falaram com uma doutora dos R.H. que terá admitido que alguma coisa estava mal e comprometeu-se a fazer uns reajuste nos procedimentos.
Entretanto recusei-me a fazer fora-das-regras por 4 vezes, sempre que via a escala avisava imediatamente o exp. De que não podia fazer aquele tipo de serviço pois causava-me grandes prejuízos e disponibilizava-me sempre para trabalhar em qualquer outro serviço.
Deram-me 4 faltas injustificadas, dirigi-me ao meu sindicato que através do advogado enviou carta registada afirmando que nos assistia o direito de recusar tais serviços uma vez que violavam o limite imposto pela clausula 26ª e exigia a reposição das verbas retiradas.
Mais um colega teve a dignidade de dizer basta exigindo também respeito pela sua condição de ser humano, tem também uma falta injustificada e também apresentou queixa na ACT.
Nós merecemos respeito, cumprimos e estamos sempre disponíveis para a empresa, o mínimo que exigimos è que o respeito seja recíproco.
Não somos escravos.