Um povo imbecilizado e resignado,...humilde e macambúzio,...fatalista e sonâmbulo, burro de carga,...besta de nora,...aguentando pauladas,...sacos de vergonhas,...feixes de misérias,...sem uma rebelião,...um mostrar de dentes,...a energia dum coice,...pois que nem já com as orelhas...é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante,...não se lembrando nem donde vem,...nem onde está, nem para onde vai;...(...) Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras,...sem vergonha,...sem carácter, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia,...da mentira à falsificação,...da violência ao roubo,...donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral,...escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro (...) Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; -A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas; (Guerra Junqueiro, in "Pátria", 1896) "Estas situalções repetem-se na história." Que posso eu fazer? perguntas-me: Faz apenas a tua parte.
Um investigador Holandês detectou que 90% dos Motoristas de transportes públicos não chegavam aos 65 com saúde.
20/11/2011
11/11/2011
Chamem a Polícia. Hoje no JN por M.António Pina.
Noticiou a imprensa que a PJ resgatou quatro portugueses sujeitos a trabalho escravo em Espanha, tendo detido o "gang" suspeito da autoria do crime.
---- Não se afigura, no entanto, provável que alguma Polícia venha um dia a resgatar os milhões de portugueses a quem o Governo pretende impor meia hora diária de trabalho não remunerado. É que tal medida não constitui tão só uma redução ilegal, por vias travessas, do salário/hora de milhões de trabalhadores, mas verdadeiro trabalho escravo, de acordo com a Convenção n.º 29 da OIT, de 1930, que define trabalho forçado como "todo o trabalho ou serviço exigido de uma pessoa sob a ameaça de sanção e para o qual não se tenha oferecido espontaneamente". Ora não só a meia hora diária de trabalho será obrigatória, implicando, pois, o seu incumprimento uma sanção, "maxime" o despedimento, como não consta que algum dos visados para ela "se tenha oferecido espontaneamente". Além disso não será remunerada, o que particulariza o trabalho forçado como trabalho escravo e rebaixa a pessoa a mera coisa de que é possível livremente pôr e dispor. Se, em Portugal, as leis (e a moral) fossem para todos, a PJ já estaria, como no caso ontem noticiado, a bater à porta do ministro Álvaro. "Obrigado sr António Pina pela lucidez e acutilãncia."
---- Não se afigura, no entanto, provável que alguma Polícia venha um dia a resgatar os milhões de portugueses a quem o Governo pretende impor meia hora diária de trabalho não remunerado. É que tal medida não constitui tão só uma redução ilegal, por vias travessas, do salário/hora de milhões de trabalhadores, mas verdadeiro trabalho escravo, de acordo com a Convenção n.º 29 da OIT, de 1930, que define trabalho forçado como "todo o trabalho ou serviço exigido de uma pessoa sob a ameaça de sanção e para o qual não se tenha oferecido espontaneamente". Ora não só a meia hora diária de trabalho será obrigatória, implicando, pois, o seu incumprimento uma sanção, "maxime" o despedimento, como não consta que algum dos visados para ela "se tenha oferecido espontaneamente". Além disso não será remunerada, o que particulariza o trabalho forçado como trabalho escravo e rebaixa a pessoa a mera coisa de que é possível livremente pôr e dispor. Se, em Portugal, as leis (e a moral) fossem para todos, a PJ já estaria, como no caso ontem noticiado, a bater à porta do ministro Álvaro. "Obrigado sr António Pina pela lucidez e acutilãncia."
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