França proíbe contactos com o chefe fora das horas de trabalho
E se, terminado o dia de trabalho, o trabalhador ficasse desobrigado de aceder aos emails e atender o telefonema ao chefe? Utopia?
Nem por isso. Em França, sindicatos e patrões do sector da tecnologia, engenharia e consultoria assinaram, no início deste mês, um acordo que reconhece o direito do trabalhador a ficar offline.
Só ao fim de seis meses de negociações é que as federações patronais das empresas francesas de engenharia, informática, consultoria e estudos de mercado (Syntec e Cinov) se puseram de acordo com os principais sindicatos do sector: a Confederação Francesa Democrática do Trabalho e a Confederação Francesa de Quadros Directivos. Juntos concordaram somar ao famoso acordo de 1999, que fixou as 35 horas de trabalho semanal, uma cláusula que estipula o direito à desconexão das ferramentas de comunicação à distância. O objectivo é claro: garantir o respeito pelos períodos mínimos de descanso dos trabalhadores previstos na legislação.