Cerca de 50 trabalhadores da France Telecom suicidaram-se desde 2008. Várias manifestações dão conta, deste então, de perseguição moral e psicológica dentro da operadora, como imposição de objetivos impossíveis de cumprir e constante controle sobre os trabalhadores.
Um agente da PSP pôs termo à vida. Ontem, foi a vez de um militar da GNR tentar fazê-lo. As associações alertam para a organização e pressão da profissão, que indirectamente acabam por se reflectir na vida pessoal dos elementos.
A Associação Profissional da GNR, alerta para as condições de trabalho. “Não há horários de referência, quem regula as pausas são as chefias e isso acaba em incompatibilidades familiares enormíssimas. A maior parte dos suicídios na GNR prende-se com motivos passionais, porque a instituição destrói a vida familiar”.
A mesma história na PSP, onde um fim-de-semana como o comum dos mortais só acontece de três em três meses e, com a falta de efectivos, nem sempre é cumprido.
O desgaste e a pressão profissionais também se reflectem na taxa de divórcio: entre as mulheres da PSP é de 14,3%. Entre os homens é de 4,7%, superior ao resto da sociedade.